quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Distante ao por do sol

Hoje você me pareceu distante ao por do sol. Sentei bem ao lado seu, busquei entender-te melhor. Você sorriu, e eu te abracei, me acariciou, eu me entreguei, você partiu e fiquei na pior. /// Você sumiu, te procurei, me rejeitou, me humilhei, você sorriu, saiu e não teve dó.

Foste um sonho que se perdeu no instante em que me encontrei só. Sequei o odeio que me concedeu, tentei reduzi-lo a pó. Te esqueci, me perdoei, me fiz feliz, me reencontrei, e hoje já me sinto um alguém melhor. /// Enfim lhe vi, não me abalei, quis me iludir, nem acreditei, conheço todos seus bordões de có.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Eu sou a mosca!!!

Recife, a Veneza que fede e não tem hidrovia, que arde em poluição durante o dia...
Recife, a cidade do mar de tubarões famintos, do perigo constante, de calor humano insto...
Recife do frevo de quatro dias, do maracatu imutável, do canal Agamenon e das pontes sombrias...
Recife, minha inspiração, minha vida, minha cidade, meu pesadelo, minha felicidade.
Sou como uma mosca, fadada; sou pequena, sou chata, e não largo essa merda por nada...

sexta-feira, 24 de julho de 2009

Fé...


É de passo a passo, na cara e coragem, com fé e dignidade que se educa um filho honrado, que se faz um homem de verdade.É no dia a dia, na tristeza e riqueza, na dureza e alegria, que se ver quem é Judas, Caifas e Maria. Quem é que cai e faz, quem não faz por que judia, quem um amigo trai e se arrepende pelo mal de cada dia.É de passo a passo, é no dia a dia, na cara e coragem, dureza e alegria, com fé e dignidade que se ver quem é Judas, Caifas e Maria.É no olho por olho, no dente por dente, que se fez o bicho e que se faz a gente.Quem pela espada fere, pela espada será ferida, ama a teu inimigo, ora pelos que vos persegue, assim diz o Gandhi, reza o Mendes, fala o Cristo. Acreditam os de coração grande, assim como no comunismo acreditasse em um mito, que sem usar da força possa se moldar o povo, educar um indigente, fazer o mundo mais bonito.É no olho por olho, orando pelos que vos persegue, no dente por dente, amando o teu inimigo, que se descobre um Mendes, se cria um Gandhi, se mata um Cristo.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Os presenças... hahahaha... =P


Pelo tempo e acontecimentos, tudo é necessário... Dentre as perdas e brincadeiras, tudo é aprendizado...As amizades ermas são acompanhadas pelo passado, pelo redundante riso e sofrimento compartilhado... Há momentos tempestuosos, auferidos pelo desespero... Nestes, se encontram os verdadeiros amigos e se conhece o bom caráter de terceiros...A felicidade é mais que necessidade, sem tal, sou apenas “cadáver adiado que procria”, é a mais pura verdade...Mas passando pelos sofrimentos da vida, compartilhamos de melhores momentos, incutindo a mutua alegria... Não sou a favor do prazer excessivo, exaustivo, e sim da amizade exaustiva e excessiva... O prazer é uma conseqüência, é secular e secundário. A amizade é essencial e atemporal... O ser pode viver com pouquíssimas coisas e prazeres, mas a solidão é enlouquecedora e de efémeros lazeres...

Relacionamento...



O bom do relacionamento não são apenas os momentos de alegria, mas saber que o amor é maior que os seus próprios pré-conceitos, seu problemas, suas imperfeições, é provar pra você mesmo que você ama mais as virtudes dele do que despreza os defeitos, é saber que apesar de tudo ele te completa e você é feliz ao lado dele.





quarta-feira, 1 de julho de 2009

Tarde!



Era tarde! Muito tarde!
Era tarde para pedir perdão.
Era tarde para dizer coisas bonitas.
Era tarde para ser romântico e te fazer dar risadas.
Era tão tarde! Tarde da noite! Tarde de mais!
E mesmo assim o sono não aparecia, nem em sonhos
Eu mais te possuía, e afogado em tristeza, a escuridão
Permanecia, aludia, mas o coração num rebuliço de sentimentos ainda
Soluçava: esperança, esperança!

terça-feira, 30 de junho de 2009

Perdão...



Peço-te desculpa meu amor
Não é medo ou vergonha, se fosse a um alguém comum, aceitável seria o meu pecado, mas peço perdão porque te amo, e por tanto, amor, de pouco me serveria a vergonha e o medo, meu pecado é imperdoável, porém te peço que não as palavras, não o ato, mas que o homem, esse ser que é dentre os tolos o mais tolo, perdoai. Perdoa-me, por favor, pois em cada erro, em cada pecado eu te prometo, em um juramento quase que matrimonial, eu te juro que a recompensarei a cada lagrima chorada, mil gargalhadas bem dadas, eu te juro amizade, companheirismo, paciência e amor eterno. Te peço perdão amor, não porque errei, mas porque eu sei, sei que poço acertar, que posso te fazer sorrir. Peço perdão, pra um pouco de coragem criar e tentar me perdoar pelos males que causei. Sou egoísta, orgulhoso, imaturo e por tudo, por fim, agradeço a ti, por me fazer em cada dia, cada noite uma pessoa melhor, por iluminar-me com alegria, com simplicidade e tanta beleza, por dar-me paz, tranqüilidade, amor, esperança, por fazer-me sentir que mais que querido, sou amigo, e se a tal não correspondi, de novo a digo, perdão, pois te amo, por demais e muito, de tanto que a ridículo e tolo pareço em amar a ti.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Fim do conto de fadas


Partiu e nem me disse adeus.
Partiu, meu coração a mil, por Deus.

Você me colocou a vida em mãos
Gerou
amor em meu ventre, e então
Depois de tudo que vive, me deixa a dor
Quando se foi sem mim, levou consigo o que a gente sonhou.

Não sei se Deus quis assim ou de quem é o poder
Mas me deixou eterna paixão e nem sei bem porque.
No dia em que seu corpo, tocava o meu corpo não pude imaginar
Que um dia a minh’alma teu sorriso convencido pudera encantar.

São tantas lembranças nossas, algumas até impróprias de se contar.
E o meu jeito te mudou, como o teu me transformou, não dá pra negar.
Eu não posso te esquecer, pois ainda tenho você onde quer que eu vá.

Sempre acordo e te vejo dormindo sobre o leito ao lado do meu
E lembro de quando partiu com um olhar sutil, deixando um beijo teu.
Foi um sonho de amor, que por anos perdurou e seria tão mais
Mas a vida quis assim, levou você de mim e a realidade não me deixa em paz.

Sei que tudo continua, mesmo que com amargura, sei que sou capaz.
Ainda rezo pelas noites que um dia novamente volte a te encontrar.
É verdade, segue a vida, mas não é mais tão bonita sem eu te amar.

Não sei se Deus quis assim ou quem tirou você de mim
Mas partiu sem me levar...

quinta-feira, 21 de maio de 2009


Será que dá pra ser assim?
Eu te querendo, e querendo-te mais feliz que a mim.
Será que isso pode continuar?
Ser teu caminho, mas não ser o lugar onde queres chegar.
Será que dá pra viver com tanto amor?
Eu te peço carinho e fico sozinho no meu pensamento.
Sonhando em desespero com o teu beijo, teu cheiro, teu corpo, teu calor.
Vivendo, sofrendo a dor de quem amou.
Meu caminho eu não sei, mas sei que ser teu caminho não é de um todo, aquilo que esperei.
Pois hoje, só, sigo em busca de um seguir mais que perseguir, de um ser mais que querer, de um ver mais que ouvir.

Tuas palavras já não me comovem, não te persigo, não te quero e não te ouço.
Cala-te boca, pois sei o que diz teu coração, e esse é um abismo imenso, profundo, um poço.
Será mesmo que sou eu o teu caminho?
Talvez eu seja apenas uma luz, que ao em vez de iluminar, te ofusca o saber com excesso de carinho, te ilude, e não enxergas todo esse teu sofrer.
Será que posso te ajudar dessa forma?
Talvez seja preciso tocar no fundo do poço, não ver presente quem se ama.
Ver que precisamos todos uns dos outros, que a vida não é de quem dá ou de quem recebe.
A vida é pra quem clama, quem clama por vida, a vida é pra todos, é pra ser vivida, nem sempre engraçada, nem sempre sofrida, apenas vivida.
Caminho, ainda não sei o meu, mas tento e tento mostrar-te o teu.
Espero que o siga, que não desperdice uma vida tão bonita.

terça-feira, 28 de abril de 2009


Você sabe o que é alegria Zé? É uma coisa que quando pega a gente nos faz cantar.

E cê sabe Zé o que o samba? É algo que toca, nos toca, nos faz dançar.

E já te contaram Zé?

- O que?

Que quando se ama, a gente canta de alegria e samba sem parar.

-Porquê?

Por que o amor nos faz feliz, nos faz sofrer, e o que é a vida Zé, se não é viver?



Eu já cantei, dancei, chorei.

Eu já cai, mas levantei.

Eu já amei, amei, amei, nem mesmo eu sei por que sofri.



Mas eu vivi, brinquei, pulei, amei a mais, sambei também.

Também sofri, também chorei, e o que sabe Vinicius, também eu sei.

“Eu amei, amei de mais, e o que eu sofri por causa de amor ninguem sofreu, eu chorei perdi a paz, mas o que eu sei é que ninguém nunca teve mais, mais do que eu.”



Eu já cantei, dancei, chorei.

Eu já cai, mas levantei.

Eu já amei, amei, amei, nem mesmo eu sei por que sofri.



E você Zé, cê já Sambou, cê já amou, chorou, brincou?E você Zé o que cantou?

-Cantei chorinho, cantei de amor.

Eu já sofri de mais, eu chorei de mais, eu já perdi até minha paz.

Mas hoje sei que o amor é o caminho, eu sei que vale e faz.



Eu já cantei, dancei, chorei.

Eu já cai, mas levantei.

Eu já amei, amei, amei, e hoje eu sei porque sou feliz.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Na primeira vez que ele me olhou, acho que sorriu em vão.
Pois o que era dor, não cicatrizou, ainda sofria o coração.
Lembro de tudo que disse, que juntos seriamos felizes, sem haver ilusão.
Lembro de tudo que disse, que pro amor não havia limites, nada é sem razão.

Na segunda vez ele chorou pedindo a minha mão.
Foi um sedutor, quase ganhou, mas eu lhe disse não.
Sei que nada é tão simples, o amor vai criando raízes e partir meu coração.
Sei que nada é tão simples, teu amor não terá limites e vou viver na solidão.

Na terceira vez nem me ligou, passou sem dar atenção.
Quis um beijo seu, mas não me deu, disse não beijar em vão.
Antes que ele partisse, pedi que então me sentisse e o levei a perdição.
Antes que ele partisse, perguntei se seriamos felizes, acreditei na ilusão.

terça-feira, 10 de março de 2009

Preta


Quando Preta cantou, cantou pra todo mundo ouvir, cantou sem saber bem o porque, cantou pra dançar, sorrir.

Quando Preta dançou, dançou pra espairecer, dançou pra sorrir, cantar, dançou sem saber bem o porque.

Quando Preta sorriu não havia festa, não havia graça, cortava cana como nunca se viu, cantava, dançava, orava.
Com o sorriso no rosto preta me encantava, se via esperança nos olhos e seu sorriso ainda me pacificava.

Seus dente não eram brancos e alinhados, seu halito não era agradavel e ainda assim sua boca expressava uma vida jamais vivida, um sonho jamais sonhado.

Quando Preta sorriu as lagrimas em meus olhos falaram, o medo que sentia sucumbiu, pois se Preta sorria como me atreveria a sentir-me infeliz, a ser tão infantil.

Eu chorava, Preta sorria, embora expresso de formas diferentes, ambos de alegria.

Eu chorava por ganhar vida.

Preta sorria porque vivia.

quinta-feira, 5 de março de 2009

flor de mocidade...

Minha rosa amarela...
Minha flor de mocidade...
Meu refugio em Águas Belas...
Meu tesouro de verdades...
Meu querubim de arco-verde...
Minha perola do sertão...
Minha preta índia dos olhos verdes...
minha doce ilusão...
Você apareceu tão distraída. E eu me encantei sem perceber.
Você mudou todos meu conceitos. E eu mudei tudo por você.
Você sorria sem parar. E eu mal sabia de teu segredo.
Me apaixonava a cada olhar. Sem perceber que quem muito rir é desespero.
Meu acalanto preferido...
Minha fé em graca sã...
Primeiro gole de absinto...
Aurora que rege meu amanhã...
Meu alicerce em vida escusa...
Minha alegria em bruta dor...
Minha fonte insana de ternura...
Minha razão ao destino enlouquecedor...
Você era a mais bela. Você foi amor e lei.
Você nunca disse nunca. Mas jamais amou como eu amei.
Você quis felicidade. Mas não dar amor sem fim.
Você temeu me querer de verdade. E eu cansei de sentir não te sentir.

quarta-feira, 4 de março de 2009

Tristeza compartilhada...

Vai tristeza e traz inspiração, que escrevo uma letra e começo uma nova canção.Chamo o Galego, pra gente rimar e ligo pro Pedro, pra vir nos ajudar.Vem tristeza, que já vamos começar, nós temos a cerveja, só falta o B-A-BA.O Pedro diz que já cansou de te escrever, agora quer felicidade, não quer mais saber de você.E o Galego nunca tem o que falar, eu acho que deve ser medo de felicidade não voltar.Fica tristeza, mas demorar não deveis, logo estaremos bêbados e felizes, outras vez.O Pedro, enfim eu convenci, mas o Galego só quer tocar, a gente vai assim mesmo e vamos ver no que é que dá.Vai tristeza e traz inspiração, que escrevo uma letra e começo uma nova canção.Vem tristeza, que já vamos começar, nós temos a cerveja, só falta o B-A-BA.Fica tristeza, mas demorar não deveis, logo estaremos bêbados e felizes, outras vez.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

No dia cinco de fevereiro, um dia ate normal, aconteceu sem muito rito algo natural, nasceu sem medo e sem sossego Pedro Amaral de Pascoal.
Dois meses depois, exatos e certos, um fato especial, nasce no mundo, imundo e sujo, Maria Amarante de Natal.
Delicada e forte, ela vence a morte e faz renascer dentro do próximo um leão do norte capaz de tudo vencer.
Não sei bem, direito, o contexto, mas algo os ligou, talvez o destino, talvez o Petrus, um conhecido Doutor.
Garoto romântico, apaixonado, pascoal se rendeu, mas na amizade do outro lado nada aconteceu.
Desconsolado, sofrendo, triste, não sabia o que fazer, rezava tanto, chorão no canto queria ate morrer.
Então um dia, sabe Deus como, Maria o notou, lhe deu um beijo sem compromisso e ele fez juras de amor.
Menino ingênuo, se iludio, pedindo pra sofrer, e Amarante o disse adeus: Amaral, tenho o que fazer.
Pedro era esperto, um pouco vivido, já sabia até sofrer, não tinha medo, nenhum juízo, só queria viver um amor sincero, algo tão lindo que valesse a pena a existência do seu ser, mas Natal, só dia vinte e cinco e cuidado pra não perder.
Apaixonado, descobre o mundo tentando a esquecer.
Muito ocupada buscando um rumo ela esquece de viver.
E assim se segue o mito dito, sem muito a fazer, no dia cinco, só coincidência o destino ligar vocês.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

"3 meses..."

Lua nua, pequenina, alumia minha menina e deixa que o sol a conduz
A Estrela imensa e passageira transcende nela sua beleza com raios vivos que seduz

Toda brisa que lhe passa, perfuma e leva sua graça aonde seus passos foram dados
E a tristeza que existia se sucumbe na alegria de um sorriso imaculado

Ondas cantam os arrecifes pelas águas do recife para sua voz homenagear
E a natureza floresce à primavera como em tempos de aquarela para seu brilho retratar.

Tudo nela me encanta e não importa o tempo ou a distancia ainda conquisto seu coração
E enquanto o mundo se prepara pra quando eu venha a desposá-la, eu a faço esta canção

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009


Toda casa de samba tem banda...
Toda banda de casa encanta...
A alegria é praquele que canta...
E quem canta não esquece canção

Onde toca a viola tem choro
Onde entra a cuíca, consolo
Onde bate pandeiro afoito
O sujeito não esquece o que é paixão

Eu quero ouvir dizer que não cantei
Eu quero ouvir dizer que não sorri
Eu quero ouvir dizer que não sambei
Quero ver dizer que não sou feliz.

A felicidade do Homem é a Mulher
Se ele não tem amor, não sabe o que quer
Pode ir, pode vir, o que vier
Mas ninguém quer viver na solidão

A tristeza da mulher é o homem
Pois sem ele a alegria se consome
E a carência vadia tem fome
Todo dia quer ter perdição

Eu quero ouvir dizer que não cantei
Eu quero ouvir dizer que não sorri
Eu quero ouvir dizer que não sambei
Quero ver dizer que não sou feliz.

E no samba a gente descansa
Afoga a magoa, a espanta
Foi onde encontrei que me ama
E onde aquietei o coração

Eu quero ouvir dizer que não brinquei
Eu quero ouvir dizer que não vivi
Eu quero ouvir dizer que não amei
Quero ver sambar e sentir-se infeliz

Rosa-flor, dança comigo
Rosa-flor, pelo salão
Rosa-flor, é tão bonito, és tão bonita que me perco na canção

Rosa-flor, canta comigo
Rosa-flor, mais um refrão
Rosa-flor, tu és incrível, é tão incrível que as pernas sambam de emoção

Beija-flor, quero uma muda
Beija-flor, que tentação
Beija-flor, desde miúda, desde pequena alimentei essa ilusão

Beija-flor, danço contigo
Beija-flor, canto um cordão
Beija-flor, mas te aviso, toma juízo ou vai sofrer sem compaixão

Rosa-flor és meu abrigo
Beija-flor és solidão
Rosa-flor hoje eu lhe digo, que com respeito vou tratar seu coração

Beija-flor, não acredito
Rosa-flor, mas por que não?
Beija-flor, és sem empecilho e cedo ou tarde vais voar na imensidão

Entonce os dois deram-se um laço e Beija-flor chorou de dor
A Rosa-flor sorria amargo ao ver voar com um beijo doce o seu amor
O Beija-flor rodou o mundo e beijou todas que encontrou
Tudo era bom, um pleno afago, mas nada igual ao que fora a Rosa-flor

Rosa-flor, eu te imploro
Rosa-flor, reconsidere por favor
Rosa-flor, isso é ilógico, melhor sofrer a se viver sem ter amor

Rosa-flor, nada é perfeito
Rosa-flor, nada perdura sem que haja dor
Rosa-flor, tenho defeitos, mas nem um deles faz-me esquecer o teu sabor

Beija-flor, são águas passadas
Beija-flor, tanto mudou
Beija-flor, não houve nada, só um floreio que o tempo já levou

Beija-flor, eu sinto muito
Beija-flor, já encontrei o verdadeiro amor
Beija-flor, cê sumiu no mundo e o bem-te-vi com o seu canto, me encantou



Rosa-flor, e o nosso passado
Beija-flor, foi bom enquanto durou
Rosa-flor, me sinto atado, querendo amar o que o destino me roubou.

Beija-flor, tudo foi lindo
Rosa-flor, pode ser mais
Beija-flor, não torne mais difícil, o bem-te-vi hoje é quem trás a minha paz.

O Beija-flor desconsolado se despediu da Rosa-flor
Com o coração todo em pedaços saiu no mundo e desesperado avuou
A Rosa-flor em desalento voltou às asas do bem-te-vi e lhe passara o sofrimento, ele ainda fora aquele que a faz feliz.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Tempos verdejantes em que o ardor infernal brilha em céu límpido, azul bebê.
Tempos verdejantes em que tudo parecia lindo, a grama rala, a água clara, o vento, o tempo.
Tempos verdejantes que me assombram o juízo, que me atormentam o caráter, as convicções, que destroem meu orgulho de humanista.
Tempos verdejantes, maldito seja o tropicalismo que até ao mais miserável litorâneo faz esquecer a desgraça que é viver como vive, que é ser como é.
Tempos verdejantes que me consomem pelo caos do qual não é culpado, pelos homens que desgraçam o próprio homem.
Tempos verdejantes que mascaram a América Latina, pelas bênçãos de Deus e que marcam pela insana alta sociedade, bem-dito sejam os Europeus, desprovidos e desiludidos de clima Amazônico, ascos à ignorância seguem suas frias e tristes vidas em busca de refletir um mundo melhor, mais justo, “uma vida melhor”.
Tempos verdejantes, que inveja de suas infelicidades naturais, de seu presente manchado por antepassados, da subconsciente cobrança de redenção, de sua infutilidade em pró da comunhão, da mútua felicidade, ou ao menos, em busca.
Tempos verdejantes, o cansaço que me toma a alma é velho e revoltado, não tem mais calma, tempo, ou paciência. A felicidade individual, privada e inconstante, não me é mais suportável.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009


As folhas das árvores contei, e contei tantas que nem mesmo eu sei quantas contei.
Pro breu imenso do céu eu olhei, e não vi uma estrela pra contar as folhas que eu contei.
A gente vê verde no mar e esquece de ver cores mais no fundo, mais no canto de cá.
Os amores têm fim, e negro é a cor que o amor reivindicou para si.
Não a nada de vermelho, nem o belo, nem o feio, nem tão pouco a paixão.
Todo sangue escorre negro, porque sangra pelo veio dessa tamanha solidão.
O mar pede à lua que mesmo cheia da vida, nua, ela clarei seu infindo céu.
Pois embora os separe o infinito, quando a lua brilha bonito nesta constante escuridão.
O mar então fundi-se ao céu como em mágica lua de mel e o vento canta desilusão.
Mas a aurora revigora, e enquanto a vida comemora, há tristeza da separação.
E em despedida clarete, ao mar, o céu diz:
Dá-me um sorriso de amor constante que hoje ao menos quero ser feliz.
O mar encheu-se, houve ventania, e com tanta dor ele sorria que nada o todo pode fazer.
Quando chegara a calmaria, folhas e flores não mais se viam, o mar engolira por seu sofrer.
E o sábio, tolo, que não entendia, olhava o céu e lhe pedia para acalmar esse poder.
Mas o poder não é divino, é a natureza lhe pedindo pra seu livre arbítrio fazer valer.