quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009


As folhas das árvores contei, e contei tantas que nem mesmo eu sei quantas contei.
Pro breu imenso do céu eu olhei, e não vi uma estrela pra contar as folhas que eu contei.
A gente vê verde no mar e esquece de ver cores mais no fundo, mais no canto de cá.
Os amores têm fim, e negro é a cor que o amor reivindicou para si.
Não a nada de vermelho, nem o belo, nem o feio, nem tão pouco a paixão.
Todo sangue escorre negro, porque sangra pelo veio dessa tamanha solidão.
O mar pede à lua que mesmo cheia da vida, nua, ela clarei seu infindo céu.
Pois embora os separe o infinito, quando a lua brilha bonito nesta constante escuridão.
O mar então fundi-se ao céu como em mágica lua de mel e o vento canta desilusão.
Mas a aurora revigora, e enquanto a vida comemora, há tristeza da separação.
E em despedida clarete, ao mar, o céu diz:
Dá-me um sorriso de amor constante que hoje ao menos quero ser feliz.
O mar encheu-se, houve ventania, e com tanta dor ele sorria que nada o todo pode fazer.
Quando chegara a calmaria, folhas e flores não mais se viam, o mar engolira por seu sofrer.
E o sábio, tolo, que não entendia, olhava o céu e lhe pedia para acalmar esse poder.
Mas o poder não é divino, é a natureza lhe pedindo pra seu livre arbítrio fazer valer.

2 comentários:

Unknown disse...

lindo, lindooo *.*
TE AMO AMOORRR

Unknown disse...

É PARA MIM ;) (L)