quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

No dia cinco de fevereiro, um dia ate normal, aconteceu sem muito rito algo natural, nasceu sem medo e sem sossego Pedro Amaral de Pascoal.
Dois meses depois, exatos e certos, um fato especial, nasce no mundo, imundo e sujo, Maria Amarante de Natal.
Delicada e forte, ela vence a morte e faz renascer dentro do próximo um leão do norte capaz de tudo vencer.
Não sei bem, direito, o contexto, mas algo os ligou, talvez o destino, talvez o Petrus, um conhecido Doutor.
Garoto romântico, apaixonado, pascoal se rendeu, mas na amizade do outro lado nada aconteceu.
Desconsolado, sofrendo, triste, não sabia o que fazer, rezava tanto, chorão no canto queria ate morrer.
Então um dia, sabe Deus como, Maria o notou, lhe deu um beijo sem compromisso e ele fez juras de amor.
Menino ingênuo, se iludio, pedindo pra sofrer, e Amarante o disse adeus: Amaral, tenho o que fazer.
Pedro era esperto, um pouco vivido, já sabia até sofrer, não tinha medo, nenhum juízo, só queria viver um amor sincero, algo tão lindo que valesse a pena a existência do seu ser, mas Natal, só dia vinte e cinco e cuidado pra não perder.
Apaixonado, descobre o mundo tentando a esquecer.
Muito ocupada buscando um rumo ela esquece de viver.
E assim se segue o mito dito, sem muito a fazer, no dia cinco, só coincidência o destino ligar vocês.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

"3 meses..."

Lua nua, pequenina, alumia minha menina e deixa que o sol a conduz
A Estrela imensa e passageira transcende nela sua beleza com raios vivos que seduz

Toda brisa que lhe passa, perfuma e leva sua graça aonde seus passos foram dados
E a tristeza que existia se sucumbe na alegria de um sorriso imaculado

Ondas cantam os arrecifes pelas águas do recife para sua voz homenagear
E a natureza floresce à primavera como em tempos de aquarela para seu brilho retratar.

Tudo nela me encanta e não importa o tempo ou a distancia ainda conquisto seu coração
E enquanto o mundo se prepara pra quando eu venha a desposá-la, eu a faço esta canção

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009


Toda casa de samba tem banda...
Toda banda de casa encanta...
A alegria é praquele que canta...
E quem canta não esquece canção

Onde toca a viola tem choro
Onde entra a cuíca, consolo
Onde bate pandeiro afoito
O sujeito não esquece o que é paixão

Eu quero ouvir dizer que não cantei
Eu quero ouvir dizer que não sorri
Eu quero ouvir dizer que não sambei
Quero ver dizer que não sou feliz.

A felicidade do Homem é a Mulher
Se ele não tem amor, não sabe o que quer
Pode ir, pode vir, o que vier
Mas ninguém quer viver na solidão

A tristeza da mulher é o homem
Pois sem ele a alegria se consome
E a carência vadia tem fome
Todo dia quer ter perdição

Eu quero ouvir dizer que não cantei
Eu quero ouvir dizer que não sorri
Eu quero ouvir dizer que não sambei
Quero ver dizer que não sou feliz.

E no samba a gente descansa
Afoga a magoa, a espanta
Foi onde encontrei que me ama
E onde aquietei o coração

Eu quero ouvir dizer que não brinquei
Eu quero ouvir dizer que não vivi
Eu quero ouvir dizer que não amei
Quero ver sambar e sentir-se infeliz

Rosa-flor, dança comigo
Rosa-flor, pelo salão
Rosa-flor, é tão bonito, és tão bonita que me perco na canção

Rosa-flor, canta comigo
Rosa-flor, mais um refrão
Rosa-flor, tu és incrível, é tão incrível que as pernas sambam de emoção

Beija-flor, quero uma muda
Beija-flor, que tentação
Beija-flor, desde miúda, desde pequena alimentei essa ilusão

Beija-flor, danço contigo
Beija-flor, canto um cordão
Beija-flor, mas te aviso, toma juízo ou vai sofrer sem compaixão

Rosa-flor és meu abrigo
Beija-flor és solidão
Rosa-flor hoje eu lhe digo, que com respeito vou tratar seu coração

Beija-flor, não acredito
Rosa-flor, mas por que não?
Beija-flor, és sem empecilho e cedo ou tarde vais voar na imensidão

Entonce os dois deram-se um laço e Beija-flor chorou de dor
A Rosa-flor sorria amargo ao ver voar com um beijo doce o seu amor
O Beija-flor rodou o mundo e beijou todas que encontrou
Tudo era bom, um pleno afago, mas nada igual ao que fora a Rosa-flor

Rosa-flor, eu te imploro
Rosa-flor, reconsidere por favor
Rosa-flor, isso é ilógico, melhor sofrer a se viver sem ter amor

Rosa-flor, nada é perfeito
Rosa-flor, nada perdura sem que haja dor
Rosa-flor, tenho defeitos, mas nem um deles faz-me esquecer o teu sabor

Beija-flor, são águas passadas
Beija-flor, tanto mudou
Beija-flor, não houve nada, só um floreio que o tempo já levou

Beija-flor, eu sinto muito
Beija-flor, já encontrei o verdadeiro amor
Beija-flor, cê sumiu no mundo e o bem-te-vi com o seu canto, me encantou



Rosa-flor, e o nosso passado
Beija-flor, foi bom enquanto durou
Rosa-flor, me sinto atado, querendo amar o que o destino me roubou.

Beija-flor, tudo foi lindo
Rosa-flor, pode ser mais
Beija-flor, não torne mais difícil, o bem-te-vi hoje é quem trás a minha paz.

O Beija-flor desconsolado se despediu da Rosa-flor
Com o coração todo em pedaços saiu no mundo e desesperado avuou
A Rosa-flor em desalento voltou às asas do bem-te-vi e lhe passara o sofrimento, ele ainda fora aquele que a faz feliz.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Tempos verdejantes em que o ardor infernal brilha em céu límpido, azul bebê.
Tempos verdejantes em que tudo parecia lindo, a grama rala, a água clara, o vento, o tempo.
Tempos verdejantes que me assombram o juízo, que me atormentam o caráter, as convicções, que destroem meu orgulho de humanista.
Tempos verdejantes, maldito seja o tropicalismo que até ao mais miserável litorâneo faz esquecer a desgraça que é viver como vive, que é ser como é.
Tempos verdejantes que me consomem pelo caos do qual não é culpado, pelos homens que desgraçam o próprio homem.
Tempos verdejantes que mascaram a América Latina, pelas bênçãos de Deus e que marcam pela insana alta sociedade, bem-dito sejam os Europeus, desprovidos e desiludidos de clima Amazônico, ascos à ignorância seguem suas frias e tristes vidas em busca de refletir um mundo melhor, mais justo, “uma vida melhor”.
Tempos verdejantes, que inveja de suas infelicidades naturais, de seu presente manchado por antepassados, da subconsciente cobrança de redenção, de sua infutilidade em pró da comunhão, da mútua felicidade, ou ao menos, em busca.
Tempos verdejantes, o cansaço que me toma a alma é velho e revoltado, não tem mais calma, tempo, ou paciência. A felicidade individual, privada e inconstante, não me é mais suportável.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009


As folhas das árvores contei, e contei tantas que nem mesmo eu sei quantas contei.
Pro breu imenso do céu eu olhei, e não vi uma estrela pra contar as folhas que eu contei.
A gente vê verde no mar e esquece de ver cores mais no fundo, mais no canto de cá.
Os amores têm fim, e negro é a cor que o amor reivindicou para si.
Não a nada de vermelho, nem o belo, nem o feio, nem tão pouco a paixão.
Todo sangue escorre negro, porque sangra pelo veio dessa tamanha solidão.
O mar pede à lua que mesmo cheia da vida, nua, ela clarei seu infindo céu.
Pois embora os separe o infinito, quando a lua brilha bonito nesta constante escuridão.
O mar então fundi-se ao céu como em mágica lua de mel e o vento canta desilusão.
Mas a aurora revigora, e enquanto a vida comemora, há tristeza da separação.
E em despedida clarete, ao mar, o céu diz:
Dá-me um sorriso de amor constante que hoje ao menos quero ser feliz.
O mar encheu-se, houve ventania, e com tanta dor ele sorria que nada o todo pode fazer.
Quando chegara a calmaria, folhas e flores não mais se viam, o mar engolira por seu sofrer.
E o sábio, tolo, que não entendia, olhava o céu e lhe pedia para acalmar esse poder.
Mas o poder não é divino, é a natureza lhe pedindo pra seu livre arbítrio fazer valer.